quarta-feira, 30 de abril de 2025

Meditação Corporativa: Encontre o Nirvana na Sala de Reuniões

por Heitor Caolho, o único mago com MBA em Despertar Financeiro

Amados discípulos do holerite sagrado, em verdade vos digo

Nem só de incensos vive o homem. Às vezes, é preciso alcançar a iluminação entre uma planilha e outra, de preferência antes do café acabar. É por isso que hoje revelo a vocês um dos segredos mais bem guardados da Ordem Esotérica do PowerPoint: a Meditação Corporativa.

🌫️ O Despertar da Consciência Reuniônica™

Você pensa que está em mais uma reunião inútil sobre metas trimestrais. Bobagem! Você está, na verdade, no limiar do sétimo chakra, pronto para transcender o ego (e o gestor de RH).

Feche os olhos. Respire fundo. Sinta a vibração da voz monocórdica do diretor de vendas.
Isso não é tédio.
Isso é o OM™ corporativo.

🧾 Técnicas Avançadas do Yoga Executivo

  1. Savasana de Escritório: finja que está concentrado enquanto, na verdade, está em estado de transe contemplativo. A testa apoiada na mão é fundamental.

  2. Mantra do Sucesso: repita mentalmente "segue o fluxo, alinha o budget, manifesta o bônus..." até que a reunião acabe ou você atinja o samadhi, o que vier primeiro.

  3. Desprendimento Financeiro: pratique o desapego espiritual ao seu aumento, enquanto repete o mantra "a prosperidade não está no contracheque, mas no meu campo áurico."

🛕 O Cubículo como Ashram

Não subestime a sabedoria de quem tece planilhas. O verdadeiro iniciado é aquele que encontra iluminação mesmo ao lado da impressora quebrada. A espiritualidade, meus caros, não tem dress code, mas se tiver, que seja business casual.


Lembre-se: o despertar espiritual pode — e deve — caber no intervalo entre o café e o feedback de performance.

E se o RH perguntar o que você está fazendo de olhos fechados: diga que está praticando foco e presença plena. Se colar, você ainda vira coach.

Com ternura mística e sarcasmo elevado,
Heitor Caolho
(Mago, terapeuta vibracional e palestrante corporativo nas horas vagas)


segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Tema de hoje: A ilusão do não-ser e do não-ter

Como trilheiro espiritual, vos digo: “O desespero da sede, no deserto, faz copo de mijo parecer água”. Originalmente atribuída à Ghandi, este profundo pensamento cármico dicotômico tem profundas raízes no budismo oriental, praticado nos altos picos dos montes nevados de Aspen. Em minhas peregrinações, quando ainda me orientava pelo mundo esotérico oportunista, tive íntimo contato com as monjas guardiãs dos segredos desta linha obscura do budismo mundial. Praticavam o absenteísmo das coisas mundanas como, por exemplo, a posse de carros importados ou grandes somas em espécie. Mas para tal precisavam o contato físico para negar sua existência. Entre as paredes do monastério existiam vários modelos de bólidos esportivos produzidos pela Ferrari, Lamborghini e Maserati. Além de maços e maços de dólares americanos. Passei uma semana sob a tutela de uma monja que me ensiou as virtudes do não-ter. Colocaram-me em tentação disponibilizando uma Ferrari F550, algumas malas com maços de dólares e a própria monja desnuda. Confesso que falhei miseravelmente nos testes. Em meu chateau, bebericando um cálice de primoroso vinho francês, relembro daqueles momentos, saudoso. Ilusionários são os caminhos da iluminação.



Direto de Kuala-Lumpur, Malásia: Na imagem ao lado retrato a monja que foi minha tutora no mosteiro em Aspen, enquanto estava aprendendo as sábias lições do não-ter. Destas lições nasceu minha palestra “A dicotomia tântrica dialética do não-ter e do não-ser. Uma abordagem holística”, que deverá correr o mundo e feito sob medida para um público-alvo seleto.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Tema de hoje: "Do preço relativo"

Como trilheiro espiritual, vos digo: "Antes de calcular o preço venal de compra daquele facilitador do caminho, deves calcular oportunisticamente o preço da venda de benesses esotéricas". Em meus caminhos pelos mais distantes montes tibetanos sempre procurei, dentro do razoável, observar os caminhantes em suas transações diárias. Em locais ermos é difícil encontrar duas pessoas que não queiram trocar alguma coisa. Afinal, a necessidade faz a ocasião, diriam os sábios monges. Um bode pode valer mais do que uma Ferrari FF, por exemplo. Uma côdea de pão mais do que uma noite no Hitz de Paris. Um simples gole de água, na época de seca, valeria mais que uma adega repleta de Romani-Conti. Vale então, ao verdadeiro peregrino de fé, estudar bem o caminho pelo qual passará para, de posse de produtos valiosíssimos aos olhos da plebe, encontrar aqueles dispostos a qualquer negócio. Este é um aprendizado importante, ao assumir um posto em uma de nossas filiais da Hector Hereeye Foundation o membro terá muitas chances de trocar a cura espiritual por maços e mais maços de dólares, euros e mesmo yuans. Do alpendre de meu chateau ergo um brinde aquele desesperado que entregou-me minhas caixas de valioso vinho francês, o tal Romani-Conti. Precificados e relativos são os caminhos da iluminação. Berna, Suíça: Na imagem acima o símbolo cármico que ornou a entrada do salão onde proferia a palestra "É se livrando do materialismo dialético é que se recebe a benção esotérica oportunista", para 1.500 empresários que vieram pessoalmente depositar fundos por aqui.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Tema de hoje: "O tantrismo dialético, esse desconhecido"

Como trilheiro espiritual, vos digo: "No dia a dia, goze da vida material e desfrute do cármico orgasmo tântrico que ela lhe proporciona". Cada vez mais somos assediados por potenciais seguidores ávidos por novidades no campo esotérico oportunista e, em tempos de crise, os caminhantes de fé podem enfrentar o seu mais íntimo e pessoal pavor: A falta de recursos inesgotáveis dos apoiadores anônimos. Então, para que essa situação seja contornada nada mais aprazível que usar de estratégias para amealhar mais e mais seguidores. Uma das técnicas que sugerimos, em nossas palestras de reciclagem, é incluir, nas atividades diárias, cursos de tantrismo dialético. Nesse curso o treinando irá aprender o prazer sem sexo, a desenvolver a terapia do êxtase dicotômico, a curar pelo orgasmo cármico.  Mas não se deixem levar pelo entusiasmo, pois é muito tentador que o treinador se envolva com seus alunos e alunas em aulas práticas e, com dor na consciência astral, devolva o valor recebido, não desfrutando, portanto, dos prazeres materiais que uma Ferrari F50 proporcionaria, por exemplo. Não se deixeis cair em tentações! Do alto da colina norte, dos vinhedos de meu chateau, absorvo o sutil aroma do vinho francês que degusto. Dialéticos e desconhecidos são os caminhos da iluminação.

Ilha de Lesbos, Grécia: Na imagem acima percebe-se que a peregrina alcança um retumbante orgasmo que, se filmado, faria tremer os alicerces lúdicos e fantasiosos da humanidade. Após essa sessão proferi a palestra "Os caminhos dicotômicos do orgasmo, uma abordagem onírica e oportunista dos anseios do ser humano", para 1.500 empresárias e lideres políticas lésbicas.